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Em 2050, Brasil terá população de 254,1 milhões

Em 7.º, País perderá duas posições no ranking dos mais populosos

Até a metade do século o Brasil terá 254,1 milhões de habitantes. O País terminará 2008 com 194,2 milhões de pessoas, ocupando a quinta posição entre os maiores do mundo em termos demográficos, apontam dados divulgados ontem pelo Fundo da ONU para a População.

Até 2050, o mundo passará dos atuais 6,74 bilhões de pessoas para 9,19 bilhões. A taxa de crescimento nos países ricos será de apenas 0,3%, contra mais de 1,4% nos países em desenvolvimento. A média geral será de 1,2%. O Brasil continuará crescendo, mas perderá terreno no ranking, sendo superado por Paquistão e Nigéria. Será apenas o sétimo maior, ao lado de Bangladesh, também com 254,1 milhões de pessoas.

Hoje, apenas China, Índia, Estados Unidos e Indonésia têm populações superiores à do Brasil. Até 2010, a taxa de crescimento da população brasileira será um pouco acima da média mundial, com 1,3% de alta por ano, mas inferior à dos demais emergentes.

A Índia deve se tornar o país mais populoso, com crescimento de 1,5% e taxa de fertilidade de 2,78%. A população passará do atual 1,1 bilhão para 1,6 bilhão, ultrapassando a China. Em Pequim, graças à política de limitação de filhos, a taxa de crescimento da população é de apenas 0,6% ao ano, passando de 1,3 bilhão em 2008 para 1,4 bilhão em 2050.

Mas é na Ásia e na África que o crescimento será maior. No total, a Ásia ganhará 1,2 bilhão de novos habitantes em pouco mais de 40 anos. A África dobrará de tamanho, passando de 987 milhões para 1,99 bilhão em 2050.

Na América Latina, a taxa de crescimento ficará na média mundial, passando dos atuais 579 milhões de pessoas para 769 milhões. Cuba terá redução de 11,3 milhões para 9,9 milhões, mas todos os demais terão crescimento. No México, a população passará de 107 milhões para 132 milhões. Na Argentina, de 39,9 milhões para 51,4 milhões.

Já a maioria dos países europeus verá uma taxa negativa de crescimento de sua população, passando de 731 milhões para 664 milhões em 40 anos. Alguns dos que mais sofrerão serão Polônia, Portugal e Itália. Só a Alemanha perderá 6 milhões de pessoas, caindo para uma população total de 74 milhões em 2040. A queda da população, para especialistas, reforça a tese de que esses países precisarão contar com a imigração se quiserem manter seu crescimento econômico.

 

(O Estado de SP, 13/11)


Data: 13/11/2008