Implantação de reservas particulares pode inibir devastação da caatinga Primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural do semi-árido nordestino foi registrada em Alagoas Diante de notícias cada vez mais alarmantes relacionadas ao avanço da desertificação no semi-árido, um fato pouco divulgado, mas de grande importância simbólica, parece apontar uma saída para conter a devastação ambiental que assola o interior do Nordeste. Acaba de ser registrada no Ibama a primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do semi-árido nordestino. Com uma área de 32 hectares, a Reserva da Tocaia, localizada no município de Santana do Ipanema, no sertão de Alagoas, pode ser considerada um verdadeiro santuário da caatinga. Seu proprietário, Alberto Agra, quer perpetuar a área e para isso acredita na Educação. “Estamos trazendo estudantes para conhecer a reserva. Nossa esperança é que eles aprendam a amar e preservar a natureza e repassem a lição para a sociedade”, disse o produtor rural de 84 anos. “Espero que esta iniciativa sirva de exemplo para outros proprietários rurais, em todo o Nordeste, especialmente na nossa Paraíba, tão castigada pelas agressões ambientais”, destaca o professor da Unidade Acadêmica de Física da UFCG, João Tertuliano, filho do Sr. Alberto Agra. RPPNs As RPPNs são áreas de conservação da natureza em terras privadas em que não há perda do direito de propriedade. O decreto no 1.922/96, que dispõe sobre as RPPNs, menciona que a área deve possuir relevante importância pela sua biodiversidade ou por seu aspecto paisagístico ou ainda ter características ambientais que justifiquem sua recuperação. (Kennyo Alex - Ascom/UFCG) Data: 27/11/2008 |