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Artigo - O perfeito quadrado imperfeito

Por Rômulo Feitosa Navarro

 

Há um pensamento que afirma que enquanto os homens de bem dormem, os que vivem à margem da sociedade se reúnem e se banqueteiam. Isso se dá com certa freqüência no âmbito da comunidade universitária, sempre que se avizinha um pleito eleitoral. O antigo eixo do mal, composto por duas figuras, popularmente caracterizadas por um titular que não sabe fazer contas e por servidor contratado como docente, mas que não dá aulas, foi recentemente transformado em um perfeito quadrado imperfeito, com a inclusão de um cientista teórico, que não consegue provar suas teorias, e de um aprendiz de feiticeiro nas lides jurídicas.

 

O quadrado imperfeito prega democracia e transparência, mas age contra a vontade popular e na calada da noite. Defende a moralidade, mas alardeia boatos sem fundamentos. Reclama o respeito e a guarda das decisões do Colegiado Pleno, mas desrespeita suas decisões amplamente majoritárias, entrando com freqüentes e derrubados recursos à instância externa à universidade.

 

O quadrado imperfeito e a meia-dúzia (de três ou quatro) que o segue são na verdade truculentos dublês de ditadores, que não respeitam as decisões amplamente majoritárias e que agridem aqueles que, sabiamente, não concordam com seu modo de agir. Alguns dos integrantes deste quadrado imperfeito vivem às sombras de um sindicato pelego e ilegítimo, é só verificar o que defendem e o público que participa das suas “eleições” e “assembléias”, e, juntamente com os outros, querem assumir o poder a todo custo e sem o crivo popular. Nesse ponto em particular, atuou o quadrado imperfeito em duas vertentes na mais recente eleição para reitor: 1) tentou a todo custo impedir uma candidatura legítima (basta ver as decisões judiciais isentas de pressões contrárias às pretensões deste quadrado), quando deveria enfrentá-la e tentar suplantá-la no voto; e 2) espalhou um monte de boatos, todos rechaçados por documentação comprobatória.

 

No caso específico dos boatos, um deles acaba de ser derrubado pelo TCU. Em uma verdadeira “CPI” das fundações de apoio, motivada pelo ocorrido com a UnB, o TCU empreendeu uma ampla investigação acerca das relações entre as IFES e as fundações de apoio. Em nenhuma das 94 páginas do acórdão sobre o assunto, publicado no dia 26/11/2008, está citado o nome da UFCG ou de sua fundação de apoio. É mais uma confirmação do que todo mundo sabe: não há irregularidades nas ações da UFCG com sua fundação de apoio, e mais uma vez está comprovada a má fé do quadrado imperfeito e de seus parcos seguidores.

 

Os democratas de bar, em uma de suas mais recentes elucubrações etílicas, tentam fechar o sol com uma peneira ao defender um cálculo esdrúxulo, que pretende dividir um número ponderado (votos) por um universo (possíveis votantes) que inclui pessoas que não estariam aptas a votar (doentes e afastados), outras com dupla vinculação (docente/aluno, servidor/aluno, aluno de mais de um curso, etc.). De acordo com essa “matemática”, quantos votos teriam os adeptos do quadrado chaveano? Ainda bem que o autor e seus mentores não são docentes da competente Unidade Acadêmica de Matemática e Estatística do CCT. De outro modo, o que seria dos nossos alunos de cálculo, álgebra, estatística e demais disciplinas da área?

 

 

Rômulo Feitosa Navarro é professor associado II da Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais e secretário de Planejamento e Orçamento da UFCG.


Data: 04/12/2008