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Projeto da UFCG é aprovado pelo CNPq

Objetivo é capacitar 70 jovens camponeses do Cariri paraibano através de oficinas de confecção de lápis artesanal, de xilogravura e da elaboração de cordel.

 

O Projeto Universidade Camponesa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi contemplado recentemente com a aprovação do projeto Formação de Agentes de Desenvolvimento Territorial no Cariri Paraibano pelo CNPq, submetido através do edital MCT/CNPq/CT-Agronegócio/MDA.

 

Com duração de onze meses, o projeto será executado durante o ano de 2009 em parceria com Fundação Universidade Camponesa, Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa para o Desenvolvimento (CIRAD) e com a Associação de Alunos da Universidade Camponesa.

 

O projeto visa desenvolver os recursos humanos e o capital social dos jovens da zona rural do Cariri paraibano através de oficinas de sensibilização em tecnologias apropriadas, articulando o saber local e as inovações científicas, bem como, desenvolver as capacidades organizativas e de gestão como gerenciamento da unidade produtiva familiar, associativismo, cooperativismo e questões de organização social e mobilização política. Ainda pretende-se com o projeto desenvolver capacidades artísticas e culturais, estimular a construção de projetos de desenvolvimento local sustentável e promover a interação entre os atores sociais envolvidos na agricultura familiar e a comunidade técnico-científica.

 

Serão beneficiados com o projeto cerca de 70 jovens camponeses que passarão por oficinas de confecção de lápis artesanal a partir do aproveitamento do marmeleiro, de xilogravura com temas da região, de elaboração de cordel enfocando temáticas e potencialidades locais e, de aproveitamento e uso eficiente dos recursos naturais, dentre outras. Ao final do processo estes camponeses estarão aptos ao desenvolvimento de ações e elaboração de projetos de desenvolvimento rural sustentável.

 

A metodologia das oficinas a serem desenvolvidas no âmbito do projeto terá como base os preceitos dialógicos, problematizadores e contextuais da pedagogia da Universidade Camponesa, ou seja, as seguintes questões-motivo: Quem somos? – A identidade camponesa e identidade territorial; O que temos? – Os recursos disponíveis no território para o seu desenvolvimento; Como usamos o que temos? – Identificação de capacidades e problemas no uso dos recursos disponíveis em sistemas produtivos; Como potencializar o uso do que temos? – Articulação entre "saberes e fazeres" locais e o saber técnico-científico discutir rotas para o desenvolvimento local sustentável; Qual é o nosso projeto? – Considerando os conhecimentos (saberes e fazeres) oriundos do processo pedagógico, prover a construção de uma visão de futuro pautada em projetos; Como colocar o projeto em prática? – Sensibilização em processos de ação coletiva para consecução de objetivos comuns.

 

(Rosenato Barreto, da SPE/UFCG)


Data: 23/12/2008