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Pesquisa coordenada pela UFCG pode reduzir acidentes no transporte de petróleo

Pesquisadores da UFCG e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estão desenvolvendo uma pesquisa para reduzir os acidentes no transporte de petróleo e evitar que os dutos usados neste trabalho sejam utilizados de maneira inadequada. Sob a coordenação do professor da Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica da UFCG, Antônio Gilson Barbosa de Lima, os estudos visam à redução dos prejuízos para a empresa e à geração de mais lucro, além da diminuição de preços nos produtos derivados para o consumo popular.  

 

Intitulado de Escoamento Multifásico em Dutos (Multflow), o projeto, iniciado em 2006, procura simular o escoamento bifásico (gás e líquido), tipo bolha de Taylor, em dutos horizontais, curvados e em conexões T e Y, levando com consideração a pressão, a velocidade e a fração volumétrica das fases presentes nas tubulações. "Um dos principais objetivos do projeto é desenvolver ferramentas que possibilitem a maximização do uso de sistemas de energia, redução dos riscos operacionais e programação do transporte dos derivados com base na demanda", enfatizou o professor.

 

Com acesso ao comportamento detalhado do sistema de escoamento, a indústria do petróleo terá ganhos operacionais e econômicos. Assim será possível indicar alguns ganhos, como por exemplo, a possibilidade de desenvolver equipamentos de medição e controle mais confiáveis. "Pressões de escoamento acima da capacidade do duto geram micro trincas que se propagam levando o duto ao rompimento. As explosões das bolhas de gás/líquido também geram ondas de pressão que podem vir a produzir corrosão na parede do duto, reduzindo sua espessura e produzindo a ruptura do mesmo", explicou.

 

De acordo com o professor, a previsão é que os estudos sejam concluídos no início de março próximo, com a entrega de um relatório final das ações à Petrobras e à Finep e as instituições da Rede Cooperativa de Pesquisa em Modelagem Computacional (RPCMod), que integram o grupo envolvido em pesquisas na área de petróleo e gás natural, entre elas, a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Cefet-PB. A rede conta com o apoio técnico-financeiro do CNPq, da Finep e do Cenpes/Petrobras.

 

A equipe do projeto conta com quatro professores/pesquisadores das universidades federais de Campina Grande e do Rio Grande do Norte e 10 alunos de alunos de doutorado, mestrado e graduação nas áreas de Engenharia Mecânica e Engenharia Química. Dos 14 integrantes, nove são da UFCG.

 

No Rio Grande do Norte, os trabalhos são coordenados pela engenheira química, professora Vanja Maria. Na UFCG, o professor Severino Rodrigues é quem dá apoio na área de Química.

 

Legenda: Laboratório Computacional de Térmica e Fluidos da UFCG

 

(Rosângela Araújo – Ascom/UFCG, com dados de Mariana Dantas, assessora de imprensa da RPCMod)


Data: 19/02/2009