Planejamento está sendo feito por pesquisadores da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal 

A cidade de Patos, no Sertão paraibano, conhecida por ter um dos climas mais quentes do estado, vai ser beneficiada com um projeto de arborização desenvolvido por professores do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Um estudo sobre quais espécies de árvores podem ser adaptadas à temperatura e ao meio ambiente local já está sendo viabilizado por uma equipe de especialistas do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR).

A iniciativa partiu da Prefeitura Municipal, que convidou os estudiosos para discutir a viabilidade de um projeto deste porte. A reunião com os pesquisadores da UFCG e os gestores do município aconteceu na semana passada e os primeiros levantamentos começaram a ser feitos pelos professores, com base na climatologia da cidade.

O coordenador de Extensão da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, Antônio Lucineudo, disse que será feito um diagnóstico das áreas mais críticas e definidas quais ações serão desenvolvidas a partir dos resultados obtidos.

Além do plano de arborização, os pesquisadores também estão elaborando um projeto de paisagismo. A idéia, é transformar Patos (município com cerca de 100 mil habitantes) numa localidade com um clima melhor e mais benéfico à saúde da população e alterar o aspecto ambiental em determinadas áreas na ‘Morada do Sol’. Nos últimos anos, a cidade tem registrado altos níveis de temperatura, com uma média anual de 33º, porém, a sensação térmica nas pessoas é muito maior que a captada pelos termômetros.

Um dos motivos, segundo os pesquisadores, é a ausência de árvores, especialmente, nas vias centrais da cidade, onde o asfalto e os gases poluentes emitidos pelos carros aumentam as ondas de calor. Os próprios termômetros instalados nos locais mais movimentados do centro registram temperaturas acima das afirmadas pelo Laboratório de Meteorologia da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa).

A onda de calor vem provocando já há alguns anos, em Patos, problemas de saúde nos moradores, principalmente crianças e idosos. Entre os casos costumeiramente registrados nos hospitais: desidratação e doenças diarréicas. Na exposição ao calor ambiental excessivo, o organismo pode desenvolver um aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e incapacidade de concentração.

(Rosângela Araújo – Ascom/UFCG)