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Mudança no vestibular

Federais do Rio analisam proposta do MEC

O novo modelo de vestibular proposto pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, está sendo visto com bons olhos - mas muita cautela - pelos reitores de universidades federais do Rio. Pela proposta do MEC, haveria dois testes anuais, com nota válida em todo o país. As universidades estabeleceriam notas de corte, e o estudante poderia entrar em qualquer estabelecimento, desde que alcançasse a nota exigida.

Para a reitora da Unirio, Malvina Tuttman, a mudança seria positiva. A Unirio é a única universidade do estado que usa o Enem na seleção: metade das vagas são reservadas a quem faz o exame.

- O concurso atual é massacrante para os estudantes, treinados para passarem para a universidade X ou Y. A nova medida precisa ser analisada com calma.

Para o reitor da UFF, Roberto Salles, a proposta do MEC é bem intencionada, mas tem falhas.

- Não gosto da nacionalização. Um aluno de outra região, para estudar na UFF sem dinheiro para se sustentar, terá o ônus sobre ele e a universidade. Já oferecemos bolsas, há custos.

Na opinião do reitor da UFRRJ, Ricardo Mota Miranda, a implantação do sistema teria que ser total: - Há vantagens e dificuldades.

O aspecto positivo é o potencial de mudar a lógica de um vestibular que privilegia a memorização em detrimento da formação.

O reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, não se pronunciou.

Como o atual vestibular, o novo Enem seria aberto a candidatos que estejam na escola ou já tenham concluído a educação básica. No atual Enem, alunos e ex-alunos podem fazer a prova. O Enem seleciona bolsistas do programa Universidade para Todos em instituições particulares.

O MEC quer que o novo Enem substitua o vestibular nas federais. Como têm autonomia, elas decidem se vão ou não aderir. Universidades estaduais, municipais e privadas podem participar.

(O Globo, 2/4)


Data: 02/04/2009