Programação incluiu sessão especial na Câmara Municipal nesta terça

Em sessão especial na tarde desta terça-feira, 19, a Câmara Municipal de Cajazeiras discutiu a necessidade da construção de uma rede de atenção à saúde mental. O evento fez parte da programação da Semana da Luta Antimanicomial, que está sendo promovida pela Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras e pelo Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em parceria com as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) daquele município.

Um debate na Rádio Difusora de Cajazeira - sobre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial (transcorrido ontem) e as perspectivas da Reforma Psiquiátrica - deu início à programação. Na manhã da última sexta, a Caminhada Maluco Beleza, com a participação dos estudantes e professores da Escola Técnica e CFP, usuários dos Caps e membros da Secretária de Saúde movimentou e mobilizou a comunidade local.

“Essa manifestação é uma forma de construir alianças e trabalhar a tolerância necessária para que a sociedade possa compreender a diversidade e desmistificar o olhar que vê no diferente, na pessoa com sofrimento mental, como uma ameaça”, defende a professora-doutora da escola Técnica e do CFP, Francisca Bezerra. Para ela, o evento deixa patente que pessoas e organizações podem se articular para modificar essa relação sociedade/indivíduos.

“Unidos, por princípios éticos podem facilitar a produção de práticas clínicas ampliadas, políticas e culturas inovadoras, que apontem eticamente para uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais saudável e mais inclusiva”, projetou.

Rede de Atenção em Saúde Mental

Atualmente Cajazeiras dispõe de três centros de Atenção Psicossocial: o CAPS II, para tratamento de transtornos mentais; o CAPSad, tratando os transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas;, e o CAPSi, direcionado ao tratamento de problemas mentais de crianças e adolescentes. E será implantado, ainda este ano, o Serviço a Residencial Terapêutico - uma casa destinada a pessoas com problemas mentais com história de longas internações psiquiátricas e que perderam o vínculo com a família.

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG)