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UFCG apresenta Vestibular Especial para professores indígenas

Reunião acontece nesta sexta, dia 7, em Baía da Traição. Inscrições acontecem nos dias 10 e 11.

 

A coordenação do curso de Licenciatura Indígena e a Comissão de Processos Vestibulares (Comprov) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) realizarão, na próxima sexta-feira, 7, na Escola Indígena Akajutibiró, em Baía Traição, uma reunião para apresentar o Vestibular Especial para ingresso na nova licenciatura. Também participarão do encontro lideranças indígenas Potiguara, membros da Organização de Professores Indígenas Potiguara (OPIP) e representantes da Funai.

 

As provas do Vestibular serão realizadas no dia 23 de agosto. São oferecidas 50 vagas, restritas a professores reconhecidamente indígenas, que já concluíram o ensino médio e que estejam lecionando em escolas indígenas que funcionam no interior da Terra Potiguara.

 

As inscrições, gratuitas, devem ser feitas de forma presencial na sede da Comprov no campus Campina Grande, nos próximos dias 10 e 11.

 

“É importante que todos os professores potiguaras sejam esclarecidos e possam se inscrever, concorrendo ao curso, que, num segundo momento será aberto para outros povos indígenas”, informa a professora Mércia Batista, coordenadora do curso e do Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind) na UFCG.

 

O curso

 

Criada no último dia 20 de julho, pela Resolução Nº 34/2009, a licenciatura indígena é um antigo anseio do povo Potiguara, que habita o Litoral Norte da Paraíba, abrangendo os municípios de Rio Tinto, Baía da Traição e Marcação. Somam cerca de 10 mil índios distribuídos em aldeias e na zona urbana dos municípios.

 

O curso está estruturado em dois núcleos. O primeiro, com duração de 2 anos, é composto por 4 módulos de estudo, comum a todas as licenciaturas. Oferece subsídios para a formação do professor pesquisador e tem como objetivo a formação geral do professor indígena para o ensino fundamental.

 

Já o segundo núcleo, também com duração de 2 anos, inclui em seus componentes curriculares dois Estágios Curriculares Supervisionados e a elaboração de uma monografia. Nesse momento, o aluno já deve ter optado, com base em todos os conhecimentos adquiridos no primeiro núcleo, por uma das 4 áreas de conhecimentos e tem por objetivo a formação do professor indígena para atuar no ensino médio.

 

Se optar pela área de conhecimento Ciências Exatas, estará apto para ministrar o ensino de Química no ensino médio. Caso opte pela área de conhecimento Ciências da Natureza, o formando estará apto a ministrar a disciplina Biologia no ensino médio.

 

A área de conhecimento Língua e Literatura forma o profissional para atuar nessas disciplinas. Já a área de conhecimento Ciências Sociais, habilitará para o ensino de Sociologia, Antropologia, História e Geografia.

 

(Rosenato Barreto - CDSA/UFCG, e Kennyo Alex – Ascom/UFCG)


Data: 05/08/2009