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Artigo - Cães e gatos na UFCG

Benedito Antonio Luciano

 

Cães e gatos são animais domésticos e, como tal, devem ser criados, com todos os cuidados e carinhos, no ambiente privado. Infelizmente, porém, muitos desses animais, por motivos diversos, são abandonados por seus donos e entregues à própria sorte, passando a vagar pelos logradouros públicos. Nessas situações, é comum que pessoas caridosas se apiedem desses animais, retirando-os do relento, abrigando-os em suas casas ou propriedades rurais. Assim, quando agem dessa maneira, elas assumem uma atitude louvável, pois demonstram bons sentimentos.

 

Entretanto, o problema começa quando outras pessoas adotam a prática de alimentar cães e gatos nos logradouros públicos ou mesmo em repartições e instituições públicas, como vem ocorrendo ultimamente na UFCG. Um problema com vários desdobramentos, desde o uso inadequado do espaço público para atender sentimentos e gostos particulares, até o constrangimento a que ficam submetidos aqueles que não gostariam de sofrer exposição às doenças infecciosas ou parasitárias transmitidas por esses animais ao ser humano.

 

 Efetivamente, considero constrangimento ter que conviver no ambiente de trabalho com gatos e cachorros, pondo a minha saúde em risco, pois é sabido que os pêlos, a urina e as fezes desses animais podem conter diversos microorganismos capazes de ocasionar doenças em seres humanos, independentemente da idade.

 

Ano passado, por exemplo, a secretaria do Departamento de Engenharia Elétrica foi literalmente invadida por pulgas, provavelmente originadas de um cachorro que durante a noite dormia num capacho, ao pé da porta. Um perigo, pois além das pulgas, os cães podem ser parasitados por várias espécies de carrapatos e levar esses carrapatos infectados para o ambiente humano.

 

Ainda no ano passado, quando me dirigia para a sala de aula, tive que passar, com medo, por entre vários cachorros que se encontravam no meio da passarela. Na volta, formalizei, junto ao coordenador administrativo do DEE, um pedido de providências para que não tivesse que passar por constrangimento semelhante. Segundo fui informado, o pedido de providência foi encaminhado à Prefeitura Universitária, mas até os dias atuais o que tenho observado é que cães e gatos continuam circulando livremente pelos estacionamentos, passarelas, corredores e locais de trabalho, expondo aos que ali circulam a doenças tais como: raiva, sarna, micoses, leptospirose, toxoplasmose, rinite e bronquite alérgica. Diante da omissão, resolvi tornar público este assunto, que no meu entendimento deveria ser resolvido no âmbito da UFCG.

 

 

Benedito Antonio Luciano é professor da Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica da UFCG


Data: 28/09/2009