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Tutores de EAD não entendem seu papel, diz pesquisadora

Acadêmica defende ampliação do treinamento mudança em avaliação

A professora Mara Lúcia Fernandes Carneiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)  afirmou que os tutores dos cursos degraduação a distância têm dificuldades em compreender seu papel no processo de ensino-aprendizagem. A crítica foi feita na palestra "Tutoria a distância: experiências e práticas", durante o seminário Novas Tendências em Ensino-Aprendizagem, organizado nesta sexta-feira, 4 de dezembro, pelo Universia Brasil em parceria com a UFRGS.

Segundo Mara Lúcia, suas pesquisas indicaram que os critérios de avaliação adotados pelos tutores são, muitas vezes, subjetivos. "Temos seis tutores atendendo a 250 alunos. Por isso, é necessário aproximar os critérios de avaliação, mas há dificuldade em estabelecer padrões", disse ela. Além disso, a professora aponta riscos decorrentes da aproximação entre tutores e alunos. Mara Lúcia acha que há dificuldade em estabelecer critérios para evitar os extremos da relação, para evitar que se torne paternalista ou formal demais, por exemplo.

Na avaliação da pesquisadora, esses problemas decorreriam da falta de treinamento do tutor, que teria de ter conhecimento tecnológico suficiente para entender e solucionar as dificuldades dos alunos relacionadas ao uso dos sistemas. "Tem de ter consciência de que, para o aluno que inicia o processo de aprendizado a distância, tudo é novo e haverá dificuldades dele no processo de adaptação e  amiliarização com o sistema", afirmou.

Em contrapartida, Mara Lúcia acredita que, mesmo quando há conhecimento tecnológico, os tutores muitas vezes são relegados ao segundo plano e não têm chance de se integrar à equipe de ensino. "Temos de pensar no tutor de maneira mais ampla e integrada para construir um processo melhor de ensino-aprendizagem", defendeu a professora.

(Universia Brasil)


Data: 04/12/2009