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Ter, 15 de Junho de 2010 19:04

O II colóquio Internacional: fontes históricas, ensino e história da educação, promovido pelo Programa de Pós Graduação em História, em parceria com a Unidade Acadêmica de História e Geografia, representa um momento significativo no quadro de pesquisas que revitalizam dimensões ligadas à subjetividade, ao ensino de história na contemporaneidade e às pesquisas na área de história da educação, especificamente a educação patrimonial, a educação afro-indígena e à educação ambiental.

O I Colóquio foi concebido em 2008 com o objetivo de estabelecer um diálogo com pesquisadores envolvidos com a produção do conhecimento no campo da pesquisa do ensino de história e da história da educação, nos quais esses dois eixos temáticos ganharam visibilidade tanto nas pesquisas do nosso corpo docente quanto nas pesquisas do corpo discente nos últimos anos. O Colóquio tem representado um esforço coletivo de professores e alunos da Unidade Acadêmica de História e Geografia para criar um espaço direcionado para pensar as múltiplas fontes e os variados e emergentes caminhos de investigação e problematizações relacionadas com o ensino de História e com o fazer histórico.

A programação do II Colóquio foi arquitetada para repensar, também, os 30 anos do curso de História. O nosso curso foi criado em 1980 como Bacharelado em História (oferecendo então duas áreas de concentração: História Econômica e Social e História da Arte e Cultura), o curso tem se firmado na Paraíba e na região da Borborema como um lócus de produção historiográfica, tornando-se uma referência em pesquisas voltadas para a diversidade afro-indígena, as práticas higienistas, a historiografia da saúde e da doença, o cotidiano e lazer nas cidades, o ensino de história e a história da educação, dentre outras temáticas que ganham visibilidade no campo historiográfico. Em 1985 praticou-se a primeira reformulação curricular, quando foi estabelecida a habilitação Licenciatura – à qual o aluno poderia passar, após integralizar 70 créditos, correspondentes aos três primeiros períodos do Curso.

O II Colóquio, portanto, em comemoração aos 30 anos de curso, traz ao debate acadêmico a articulação e a revisão das fontes históricas voltadas para o ensino e para a história da educação. Desde o início do Curso que temos trilhado pela pesquisa, lembrando, por exemplo, do nosso primeiro projeto de pesquisa, aprovado pelo CNPq no final dos anos 80, um pioneiro projeto integrado intitulado "Fontes para a história do Agreste da Borborema", à frente do qual estava uma equipe de pesquisadores contendo cinco professores e seis alunos bolsistas. Este projeto constitui um marco em termos de produção historiográfica na e sobre a região da Borborema.

Para os professores de História da UFCG, tratava-se da primeira experiência coletiva de pesquisa em história, e tinha como principal objetivo recolher e organizar a documentação que se encontrava dispersa e/ou em vias de ser destruída nos vários arquivos públicos (cartoriais, escolares, eclesiásticos e judiciários, dentre outros) e privados (de indústrias, fazendas, casas comerciais e pessoas) das doze cidades do Agreste da Borborema. Isto possibilitou a criação do SEDHIR (Setor de Documentação de História Regional), um espaço que nesses últimos vinte anos tem se destacado como um lócus de pesquisa no Agreste da Borborema, pois reúne as mais diversas fontes documentais de perfis e séculos distintos. A partir dos anos 90, diversos projetos de pesquisa, ensino e extensão foram aprovados pelas agências de fomento.

As experiências de investigação com múltiplas com fontes documentais variadas por parte dos corpos docente e discente de História da UFCG nos fizeram pensar esse Colóquio. Dessa forma, cada Simpósio Temático, Mesa Redonda, Palestra ou Conferência foi pensada com o objetivo de conectar energias, diminuir tensões e instaurar laços de compartilhamento e de trocas acadêmicas para que possamos romper com o distanciamento e isolamento que não permitem a construção de parcerias e respeito à diferença, em especial, no que diz respeito à diferença e preconceitos que foram construídos historicamente entre o Ensino e a Pesquisa.

Em tempos de globalização e exclusão, este encontro se propõe a pensar sobre as políticas de verdades vigentes na academia buscando um ensino de História que possa contribuir com a reflexão de valores sobre a multiplicidade de temáticas que são históricas e que estão fluindo na contemporaneidade com novas referências, como a discussão dos sujeitos e suas etnias, suas sexualidades, seus gêneros, suas identidades, seus corpos, suas honras, sua moral, e tantas outras atribuições construídas para sujeitos, refletindo a naturalização desses lugares. As pesquisas dessas fontes e de outras podem contribuir para uma qualificação do ensino de história em que os sujeitos possam pensar os lugares construídos historicamente sobre si. Nesse sentido, a discussão da cidadania sai da questão do pensamento moderno, liberal e problematiza como este pensamento navegou por vários campos para construir um cidadão voltado para cumprir normas e aceitar procedimentos. Na contemporaneidade são os sujeitos que estão em ebulição sobre a invenção de si e cabe ao ensino de história captar esforços para dar sua contribuição.

 

Última atualização em Dom, 27 de Junho de 2010 18:44
 

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