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Na tarde da última quinta-feira, 16 de maio de 2013, os petianos José dos Santos Costa Júnior e Raquel Silva Maciel apresentaram o artigo "Trilhando o 'Caminho das Índias': um mundo oriental no folhetim das oito" no simpósio temático "Múltiplas faces do preconceito: negros, mulheres, índios, homossexuais, deficientes e outr@s" na programação do "I Congresso Nacional de Educação para as Relações Étnico-Raciais: Identidades e Alteridades".
Neste texto discute-se a telenovela como um produto cultural importante na constituição de discursos e representações sobre os sujeitos de que fala.
Aborda-se, especificamente, como "Caminho das Índias" foi uma telenovela que recepcionou e difundiu um conjunto de imagens culturalmente construídas pelo Ocidente para abordar e tratar do 'oriental" como esse 'Outro' misterioso, estranho, fantasioso e exótico.
Resumo: O artigo problematiza uma pesquisa desenvolvida durante o primeiro semestre de 2012, cujo principal objetivo foi refletir sobre a representação oriental construída na telenovela “Caminho das Índias”, transmitida no ano de 2009. Analisamos ainda de que modo a autora Glória Perez se apropriou e recepcionou o discurso orientalista produzido pelo Ocidente para representar e construir, ontologicamente, o Oriente. Constam nas fontes consultadas duas matérias produzidas pela imprensa na época em que a telenovela era exibida. Estas questionam a produção dessa e a imagem que ela criou para representar os indianos, de modo geral. A pesquisa foi desenvolvida a partir dos seguintes procedimentos metodológicos: seleção das fontes e bibliografia sobre o tema; leitura e mapeamento de eixos argumentativos presentes nas fontes consultadas e construção textual do artigo. O quadro teórico utilizado na pesquisa conta com os pressupostos teórico-metodológicos formulados por Roger Chartier (2003) e Edward Said (2007). A investigação buscou contribuir para o fortalecimento de debates no campo da História Cultural que tematizem as apropriações culturais e a circulação de discursos a partir de veículos midiáticos como a televisão. Assim, torna-se possível pensar como uma ideia formada para representar os orientais foi forjada desde o século XIX e permanece sendo reutilizada e difundida contemporaneamente servindo aos interesses de um grupo, em detrimento do outro.
Veja outros resumos no site do congresso:
https://docs.google.com/file/d/0B66Cv_bYy4JpWE5xY09DRE15TGM/edit