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Notícias

06/05/2005

Seminário discute implantação da UFCG no Curimataú

Governo e sociedade juntos num amplo projeto de educação e inclusão social

Um Seminário programado para acontecer no próximo sábado, 7, a partir das 9 horas, na Câmara Municipal de Cuité, marcará o início das discussões para implantação do Projeto Universidade Camponesa (UniCampo) e de um campus da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) naquele município, beneficiando as regiões do Curimataú e Seridó da Paraíba e o Trairí do Rio Grande do Norte. O evento é uma promoção da Prefeitura do Municipal de Cuité, apoiado pela Secretaria de Projetos Estratégicos da UFCG e pela Paróquia de Nossa Senhora das Mercês.

A finalidade do evento é promover o debate junto à sociedade organizada, poderes constituídos, organizações governamentais e não governamentais, das cidades de toda região polarizada pelo município de Cuité e do Estado da Paraíba, no sentido de contribuir com a melhoria do ensino naquela região, além de fechar uma lacuna existente com relação à falta de ensino público superior. A idéia é instalar um campus da UFCG onde será oferecido um curso de Bacharelado em Engenharia do Desenvolvimento Sustentável e mais outros cursos destinados a atender a demanda de formação superior na região. Na oportunidade, o Reitor da UFCG, professor Thompson Fernandes Mariz, será agraciado com o título de cidadão cuiteense.

Deverão participar do evento, além do Reitor Thompson Mariz, os senadores paraibanos, José Maranhão, Ney Suassuna e Efraim Morais; o Superintendente do jornal A União, Itamar Cândido (representando o governador do Estado, Cássio Cunha Lima); o Deputado Federal Luiz Couto; e, ainda, prefeitos, vereadores e lideranças dos municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte que integram a região polarizada por Cuité. Também participarão do encontro representantes do Sebrae, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), do Banco do Nordeste, da Fetag, da Cut-PB, do Talher Fome Zero-PB, do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, da Justiça Federal e da Escola Superior de Magistratura.

"A instalação de um campus na região, além de proporcionar melhorias e inovações nos ensinos Fundamental e Médio, trará benefícios relacionados ao desenvolvimento dessa região, o que vai corroborar com a elevação da auto-estima, desenvolvimento do capital social, cultural, além do protagonismo da população que ali reside", disse o professor Márcio Caniello, Secretário de Projetos Estratégicos e responsável pelo plano de expansão da Universidade.

Além do campus do Curimataú, estão previstos projetos para as regiões do Alto Sertão (Pombal) e do Cariri, na cidade de Sumé, onde é desenvolvido o Projeto UniCampo, uma experiência bem sucedida de educação de camponeses, que funciona a partir de um amplo leque de parcerias que envolve a prefeitura municipal daquela cidade, o Projeto Dom Hélder Câmara do Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento, com o apoio de outros parceiros institucionais.

No Seminário, a experiência da Universidade Camponesa será proposta para potenciais parceiros da região como parte do programa de replicação do Curso de Extensão em Desenvolvimento Local Sustentável em desenvolvimento pela equipe pedagógica do Projeto que pretende formar agentes do desenvolvimento sustentável não só na região do Cariri, mas em outras regiões do Estado.

Conheça o Plano de Expansão da UFCG

O plano de expansão é um programa que está em processo de construção através da realização de estudos de viabilidade para a instalação de novos campi da UFCG em 3 outras microrregiões do estado. Seu objetivo é abrir campi em territórios prioritários do Estado aonde historicamente o ensino superior chega de maneira muito precária. Inicialmente foram escolhidas as cidades de Sumé - campus do Cariri, Pombal - campus do Sertão, e, Cuité - campus do Curimataú.

Com este programa a UFCG pretende provocar importantes impactos locais e microrregionais, não apenas no que concerne ao processo de inclusão de significativa parcela dos estudantes desses territórios que se encontram fora da universidade, mas fundamentalmente promoverá positivas implicações locais, contribuindo de forma concreta para a construção do desenvolvimento sustentável do estado.

Essa expansão é um processo que visa articular parceiros em todos os níveis no sentido de
abrir a universidade para setores sociais que comumente estiveram fora dela. Para efetivar este programa, a Secretaria de Projetos Especiais da UFCG (SPE) tem desenvolvido ações de mobilizações de um amplo espectro de parcerias em vários níveis (locais, estadual e federal), tanto governamentais como não-governamentais. Esse programa está sendo executado pela Administração Superior da UFCG (Reitoria) através da Secretaria de Projetos Estratégicos, que tem a frente o professor Márcio Caniello.

Para efetivação deste grande programa a SPE realizou reuniões em vários municípios (Sumé, Serra Branca, Boqueirão, Cabaceiras) e realizará em outros, com o propósito de articular e mobilizar prefeitos e secretários municipais em torno do programa em todos os municípios-sede, envolvendo municípios signatários e beneficiários do programa de expansão. A idéia é montar conselhos territoriais, a partir da responsabilização das parcerias locais pela realização do programa, responsáveis pelos processos de implantação e gestão dos projetos nos novos campi.

Dentro do programa de estudo de viabilidade para implantação dos novos campi, a experiência do Curso de Extensão em Desenvolvimento Local Sustentável realizado pelo Projeto UniCampo (Universidade Camponesa) tem sido divulgada, uma vez que os resultados obtidos através da experiência piloto, foram extremamente promissores. A divulgação dessa experiência de ensino-aprendizagem contextualizado está sendo realizada no sentido de sensibilizar e mobilizar grupos e comunidades locais para pensar novos projetos de replicação do curso em novos territórios do estado.

Dados sobre a educação superior na Paraíba

Para entendermos a necessidade de se instalar novos campi e consequentemente novos cursos de nível superior devemos entender alguns dados. Segundo dados do Censo Nacional de Ensino Superior 2004 do Ministério da Educação, em 2003, foram registradas 3.887.771 matrículas no ensino superior , sendo 2.750.652 em instituições particulares (70,8%) e 1.051.655 em instituições públicas (29,2%), esse número representa menos de 1% da população brasileira nas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas.

No ano de 2000, segundo o IBGE e o Atlas do IDH no Brasil , na Paraíba, 15,183 % de jovens entre 18 e 24 anos encontravam-se em estado de analfabetismo enquanto o índice total do Brasil era de 5,682%. No mesmo ano 65,094 % possuíam menos de oito anos de estudo contra 46,232 % o total do País. Já em cursos de nível superior o número de jovens entre 18 e 24 anos era de 7,211% no Brasil contra 4,71 na Paraíba.

Segundo o Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172, de 9 de Janeiro de 2001) as metas para a universidade brasileira até 2.010 são a seguinte: educação superior para, pelo menos, 30% dos jovens de 18 a 24 anos; diminuição das desigualdades de oferta entre as regiões do País; estabelecimento de um amplo sistema interativo de educação à distância; diversificar a oferta de ensino, com maior flexibilidade na formação; promover políticas de acesso à educação superior para vítimas de discriminação.

O Governo Federal através das portarias 293/2004 (do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) e 776 e 777/2005 ( do Ministério da Educação), estabeleceu medidas para a expansão da educação superior no País. Dentre essas medidas destacam-se: a provação de concurso para 2.500 cargos do quadro de pessoal das Instituições Federais de Ensino Superior; instalação de 10 novos campi de Universidades Federais; provimento de 345 vagas docentes para os novos campi; e, c riação de 3 novas Universidades Federais (em tramitação no Congresso). Tendo como base essa informação, justifica-se a expansão da UFCG, para atender a demanda de regiões carentes de cursos de nível superior. O Plano de Expansão prevê a instalação em 2006 do campus do Cariri, em 2007, dos campi do Curimataú e de Pombal e, em 2008 do campus de Itaporanga. Também estabelece a criação de 8 cursos por campus com funcionamento em 2 turnos, abertura de 120 vagas por curso por semestre abertura de 1.900 novas vagas por campus por ano e, até 2.010, promover o acesso a mais de 22 mil jovens entre 18 e 24 anos.

Segundo declarações do Diretor do Departamento de Desenvolvimento da Educação Superior - SESu/MEC, Manuel Palácios, "este ano serão definidas as universidades que serão expandidas em 2006. Estamos analisando uma série de projetos. Teremos um novo bloco de campi universitários, principalmente para a interiorização da educação superior, e novas instituições a serem criadas ao longo deste ano para implantação no próximo".

Por Rosenato Barreto

 

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