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23/03/05

MDA debate políticas públicas para o jovem do campo

O Encontro Vozes Jovens, promovido pela Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), encerrou nesta quarta-feira (23), em Brasília, um amplo debate sobre as políticas públicas do governo federal para a juventude rural brasileira. Mais de cem lideranças jovens de todo o País se reuniram na Escola de Administração Fazendária (Esaf) para discutir as necessidades dos jovens do meio rural e elaborar um plano concreto de ações em benefício desse segmento da população. A maior preocupação é evitar o êxodo e garantir melhores condições para a permanência dos jovens no campo.

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que o Brasil possui seis milhões de jovens, de 18 a 24 anos, trabalhando no meio rural. Deles, 1,8 milhão são analfabetos. Do total, 30% vivem ainda com menos de um quarto do salário mínimo. A região Nordeste é a que mais preocupa. Ela reúne 70% dos jovens que estão em situação de vulnerabilidade, sendo que 53% deles são negros.

O coordenador de Políticas da Juventude do MDA, Fabiano Kempfer, falou sobre os dois programas específicos para jovens rurais criados pelo governo federal: a linha de crédito Nossa Primeira Terra e os Consórcios Sociais para a Juventude Rural. Em Catende (PE), primeiro município a receber a experiência dos Consórcios por meio de uma parceria entre a SRA e Embrapa, 55 jovens montaram uma associação que  recebe formação para a produção de sementes crioulas de milho. "Temos técnicos da Embrapa fazendo repasse do saber tecnológico", explicou Kempfer. A previsão de investimentos do Consórcios para a Juventude Rural é de R$ 10 milhões em 2005.

O Nossa Primeira Terra, crédito para a compra de terra a juros baixos, financia a compra de imóveis para jovens rurais, possibilitando a eles construir um projeto de vida na agricultura familiar. "É uma garantia que o governo dá ao jovem que deseja permanecer agricultor", ressaltou o representante do MDA. Para o jovem que já possui terra, há ainda o Pronaf Jovem, linha de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar que prevê investimentos produtivos.

A coordenadora do Programa para Jovens da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Severine Macedo, destacou o acesso de três grupos de jovens da região à linha de crédito Nossa Primeira Terra. "Para poder ficar no campo, a gente precisa construir condições do jovem optar. Se ele quer ir para a cidade, que seja por sua vontade e não por falta de condições", observou. O encontro Vozes Jovens foi organizado pelo governo federal, Banco Mundial e Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (www.mda.gov.br)

 

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